sábado, 23 de maio de 2009

Derrubando o Muro Classista da Reforma da Política de Drogas

O movimento brasileiro de redução de danos derrubou o muro classista da reforma da política de drogas: os líderes, os porta-vozes e os organizadores não estão representando outros; eles estão se apresentando com todo o poder e a sabedoria que somente podem ser encontrados, neste planeta, nas fileiras (sem ou com duplo sentido!) das massas.
Portanto, quando Célia Szterenfeld e seus colegas se reúnem para traçar estratégias e discutir os importantes acontecimentos mundiais, tais como o que vai ocorrer em 2006 quando as nações do mundo deverão renegociar os tratados internacionais de repressão à droga, ela pode comentar que todos eles deveriam pedir ao Presidente Lula para não assinar a proposta de renovação do atual tratado que impõe a proibição de drogas em todos os países.
E eles podem discutir algo dessa dimensão, de abrangência internacional, (o povo dizendo ao seu presidente o que fazer! Imagina!) com o conhecimento de que, como a organização deles é formada a partir das bases, têm a oportunidade concreta de criar as condições para que o seu presidente eleito possa dar aquele passo corajoso; um passo que, caso dado pelo presidente do Brasil, certamente seria imitado pelos líderes de outras nações latino-americanas e provavelmente de outras nações de diferentes continentes.
Assim, eles se erguem das bases, vindos dos muitos cantos desse vasto país, de tantas direções horizontais ao mesmo tempo, em direção àqueles que estão acima, no poder. E os empossados em breve – se não agora mesmo – terão de oferecer uma resposta genuína.
Não é mais uma opção da política de drogas marginalizar o povo. Elas, eles, nós, vocês, estamos chegando para derrubar a desastrosa política de proibição de drogas, por meio do autêntico princípio democrático da auto-organização.
Isso já não é o movimento pela legalização das drogas do seu pai, composto de advogados libertários da elite e de entusiastas da maconha com formação universitária e procedentes da contracultura, embora estes também sejam muito bem-vindos à mesa … É um movimento que reflete a autêntica face do mundo, e o está diretamente nos olhos. Quando seu olhar retornar do espelho, você saberá, caro leitor, que a vitória está próxima.

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